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TENS: o que é, para que serve e como é feito

A estimulação elétrica nervosa transcutânea, mais conhecida como TENS, é um recurso amplamente utilizado na fisioterapia para alívio da dor. Apesar de ser popularmente chamada de “choquinho”, sua atuação vai muito além da simples sensação elétrica. 

A TENS é uma técnica segura, não invasiva e com efeitos fisiológicos bem estabelecidos, sendo indicada em diversos quadros clínicos. Neste post, você vai entender o que é a TENS, para que serve, como funciona, quando deve (ou não) ser utilizada, e quais benefícios pode trazer como parte de um plano de tratamento fisioterapêutico. 

Se você quer saber se essa abordagem é indicada para o seu caso ou apenas entender melhor como ela atua no corpo, continue a leitura e descubra tudo sobre essa tecnologia que, usada de forma correta e individualizada, pode melhorar significativamente a qualidade de vida de quem convive com dor.

O que é:

A TENS, sigla para Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea, é uma técnica utilizada na fisioterapia que aplica correntes elétricas suaves sobre a pele para promover alívio da dor. É frequentemente indicada em casos como lombalgia, ciatalgia e tendinites, entre outras condições dolorosas.

Esse tipo de estimulação atua nos nervos sensoriais, ativando os sistemas naturais do corpo responsáveis por inibir a dor e estimulando a liberação de substâncias como a encefalina — um analgésico natural semelhante aos opioides, mas produzido pelo próprio organismo.

A aplicação da TENS deve ser conduzida por um fisioterapeuta qualificado, que ajustará os parâmetros do equipamento conforme as necessidades específicas de cada paciente.

Para que serve

A estimulação elétrica nervosa transcutânea tem como principal finalidade proporcionar alívio da dor por meio da ativação dos nervos sensoriais. Essa estimulação desencadeia mecanismos fisiológicos que modulam a dor, como o bloqueio da condução dos sinais dolorosos e o estímulo à liberação de endorfinas, substâncias com efeito analgésico natural.

Além da ação analgésica, também contribui para a ativação muscular e a melhoria da circulação sanguínea local. 

Esses efeitos combinados favorecem a diminuição de edemas, aceleram o processo de regeneração dos tecidos moles e potencializam os resultados no tratamento de diversas lesões musculoesqueléticas.

Como é feito

A aplicação da TENS é realizada por um fisioterapeuta, tanto em clínicas quanto em domicílio, com sessões que geralmente variam entre 20 e 40 minutos, conforme a intensidade do estímulo necessário para cada caso.

O procedimento envolve algumas etapas importantes: o profissional posiciona os eletrodos sobre a pele limpa na área afetada, conecta os cabos ao equipamento e aos eletrodos, e ajusta gradualmente a intensidade da corrente até alcançar uma sensação de formigamento confortável. 

A estimulação é mantida pelo tempo indicado para o quadro clínico em questão. Ao final, o aparelho é desligado, os cabos são desconectados e os eletrodos cuidadosamente removidos.

Trata-se de uma técnica segura, não invasiva e livre de substâncias químicas, o que reduz significativamente o risco de efeitos adversos ou dependência.

Quando a TENS pode ser utilizada?

A TENS é amplamente empregada no alívio da dor associada a diferentes condições musculoesqueléticas e neurológicas. 

Entre as indicações mais comuns estão dores musculares, artrite, lombalgia, neuropatias periféricas e desconfortos no período pós-operatório. Também pode ser utilizada em episódios agudos de dor, desde que haja indicação profissional.

Sua aplicação é frequentemente integrada a um plano terapêutico mais amplo, contribuindo para o controle da dor e a melhoria funcional do paciente. No entanto, é fundamental lembrar que a TENS não é indicada para todos os casos. 

Existem situações clínicas em que seu uso pode ser ineficaz ou até prejudicial, o que reforça a importância da avaliação individualizada por um fisioterapeuta antes de iniciar o tratamento.

Como o TENS atua na dor?

A atuação da TENS no alívio da dor está baseada na Teoria do Controle do Portão, proposta por Melzack e Wall em 1965. Segundo essa hipótese, a estimulação elétrica de baixa intensidade pode inibir ou bloquear os sinais dolorosos enviados ao cérebro, funcionando como uma espécie de “fechadura” nas vias de condução da dor.

Esse efeito ocorre porque os impulsos elétricos ativam fibras nervosas de maior calibre, que transmitem sinais não dolorosos mais rapidamente do que as fibras responsáveis pela dor. 

Com isso, a informação dolorosa é inibida antes de alcançar o sistema nervoso central, proporcionando alívio. Em outras palavras, ao ocupar as vias neurais com estímulos benignos, o TENS limita a percepção da dor pelo organismo.

Quando não é indicado

Embora o TENS seja uma técnica segura, existem contraindicações importantes que devem ser respeitadas para garantir a segurança do paciente. Seu uso não é recomendado em pessoas com marcapasso, arritmias cardíacas, trombose venosa profunda ou histórico de epilepsia. 

Também deve ser evitado em áreas com sensibilidade alterada ou onde a pele apresente lesões, inflamações ou doenças dermatológicas.

Durante o período de amamentação e, especialmente, na gestação — principalmente nas fases iniciais ou em casos de complicações como irritabilidade uterina, abortos anteriores ou epilepsia — a aplicação do TENS deve ser evitada ou cuidadosamente avaliada pelo profissional.

Além disso, há restrições quanto às regiões do corpo onde o TENS pode ser aplicado. Áreas como o abdômen, pelve, pescoço, rosto, mãos, pés, pernas e articulações maiores, como joelhos e ombros, exigem precaução, pois podem oferecer riscos em determinadas condições clínicas.

Cabeça e pescoço

A aplicação de TENS na região da cabeça ou do pescoço não é recomendada devido ao risco de interferência em funções neurológicas e na regulação da pressão arterial. Essas áreas são altamente sensíveis e envolvem estruturas vitais, como os nervos cranianos, vasos sanguíneos importantes e centros de controle autonômico.

A proximidade com olhos, ouvidos e garganta aumenta ainda mais o potencial de reações adversas, tornando essas regiões inadequadas para esse tipo de estimulação elétrica. Por isso, o uso da TENS nesses locais deve ser evitado, mesmo em situações de dor localizada.

Áreas cardíacas

A aplicação de TENS nas áreas próximas ao coração é fortemente contraindicada. A estimulação elétrica nessa região pode alterar a condução dos impulsos cardíacos, representando um risco significativo, principalmente para pessoas com histórico de arritmias ou outras condições cardíacas.

Essa precaução é essencial para evitar interferências no funcionamento do sistema cardiovascular, garantindo a segurança do paciente durante o tratamento fisioterapêutico.

Pele lesionada ou ferida

A utilização da TENS sobre regiões com feridas abertas, lesões na pele ou inflamações evidentes deve ser evitada. Nessas circunstâncias, a estimulação elétrica pode intensificar o processo inflamatório, causar maior desconforto e até favorecer infecções locais.

A integridade da pele é essencial para garantir uma aplicação segura e eficaz, por isso é fundamental que os eletrodos sejam posicionados apenas em áreas saudáveis e limpas.

Sensibilidade reduzida

O uso de TENS em regiões com sensibilidade diminuída deve ser feito com extrema cautela ou evitado. Quando a percepção tátil está comprometida, o paciente pode não identificar se a intensidade da corrente está excessiva, o que aumenta o risco de lesões na pele ou desconforto sem que ele perceba a tempo.

Condições neurológicas que afetam a sensibilidade, como neuropatias ou lesões medulares, exigem avaliação criteriosa do fisioterapeuta antes da aplicação da técnica.

Dispositivos eletrônicos implantados

O uso de TENS é contraindicado em pessoas com marcapassos ou outros dispositivos eletrônicos implantáveis, como desfibriladores ou neuroestimuladores.As correntes elétricas geradas pelo aparelho podem interferir no funcionamento desses dispositivos, comprometendo sua eficácia e colocando em risco a saúde do paciente.

A interferência eletromagnética pode causar falhas no ritmo cardíaco ou no desempenho do implante, sendo fundamental que esses casos sejam avaliados previamente por um profissional de saúde qualificado.

Durante a gravidez

O uso de TENS durante a gravidez requer precauções específicas, especialmente nos primeiros três meses de gestação. Nesse período, o risco de interferência no desenvolvimento embrionário é uma preocupação, já que os efeitos da estimulação elétrica sobre o feto ainda não são totalmente esclarecidos.

Por esse motivo, a aplicação deve ser evitada nas fases iniciais da gravidez e, mesmo em etapas posteriores, só deve ser considerada com acompanhamento profissional e autorização médica, levando em conta o histórico clínico da gestante e possíveis complicações.

Epilepsia

Em pessoas com epilepsia, o uso da TENS exige atenção redobrada, especialmente quando se considera a aplicação em áreas como cabeça e pescoço. Nessas regiões, a estimulação elétrica pode desencadear crises convulsivas, tornando o procedimento potencialmente perigoso.

Dessa forma, a TENS não deve ser utilizada nessas áreas em pacientes epilépticos, e qualquer aplicação em outras partes do corpo deve ser cuidadosamente avaliada por um profissional capacitado.

Áreas com neoplasias

A aplicação de TENS em regiões com presença de neoplasias, ou próximas a tumores, é desaconselhada. Há receio de que a estimulação elétrica possa influenciar negativamente o comportamento celular, favorecendo a proliferação de células tumorais.

Por precaução, essa técnica não deve ser utilizada em pacientes com diagnóstico oncológico sem avaliação e liberação expressa do médico responsável pelo tratamento.

Avaliação individualizada

A resposta à TENS pode diferir significativamente entre os indivíduos, tornando fundamental a personalização do tratamento.

Antes de indicar esse recurso, é indispensável uma análise criteriosa que leve em conta aspectos como o tipo de dor apresentada, o estado de saúde do paciente de forma global e também suas preferências pessoais. 

Esse olhar individualizado garante uma aplicação mais eficaz e segura da técnica dentro do plano terapêutico.

TENS como parte de um plano de tratamento

A utilização da TENS deve ser vista como um complemento dentro de uma abordagem terapêutica mais abrangente, e não como uma intervenção isolada.

Sua associação com outras estratégias de tratamento potencializa os efeitos terapêuticos, sendo especialmente eficaz em contextos de dor persistente ou em quadros clínicos mais desafiadores. Essa integração favorece uma reabilitação mais completa e personalizada.

Principais Benefícios da TENS

Melhoria da Qualidade de Vida

O alívio da dor proporcionado pela TENS contribui diretamente para uma vida mais funcional e confortável, permitindo que o paciente retome suas atividades cotidianas com maior facilidade.

Essa melhora na capacidade de realizar tarefas diárias impacta positivamente no bem-estar físico e emocional, tornando a técnica uma aliada importante na busca por mais autonomia e qualidade de vida.

Minimização de Efeitos Colaterais

Em relação a diversas abordagens medicamentosas, a TENS se destaca por sua boa tolerabilidade e baixa incidência de efeitos colaterais.

Essa característica faz dela uma opção segura, especialmente para pacientes que apresentam sensibilidade a fármacos ou que buscam alternativas terapêuticas menos invasivas e com menor risco de reações indesejadas.

Alívio da Dor Sem Medicamentos

A TENS representa uma alternativa eficaz para o manejo da dor sem depender de medicamentos, contribuindo para a diminuição do consumo de analgésicos.

Esse recurso é especialmente valioso para pacientes que desejam evitar os efeitos colaterais de remédios ou que enfrentam limitações no uso de determinadas substâncias, promovendo um tratamento mais seguro e natural.

Aplicação Versátil

A TENS se destaca pela sua ampla aplicabilidade em diferentes tipos de dor, sendo uma ferramenta versátil dentro da prática fisioterapêutica.

Seu uso é indicado em diversas condições clínicas, desde dores musculoesqueléticas até síndromes dolorosas mais complexas, o que a torna uma opção valiosa para diferentes perfis de pacientes e necessidades terapêuticas.

Efeitos fisiológicos provocados pela TENS

Analgesia

A resposta fisiológica mais relevante da TENS é a redução da dor, obtida por meio da modulação dos sinais nociceptivos no sistema nervoso.

Seu funcionamento baseia-se na “Teoria do Controle do Portão”, segundo a qual a estimulação de fibras nervosas de condução rápida interfere na passagem dos impulsos dolorosos transmitidos por fibras mais lentas na medula espinhal, reduzindo a percepção da dor.

Além disso, a técnica estimula a liberação de endorfinas — substâncias produzidas naturalmente pelo organismo com ação analgésica — intensificando ainda mais o alívio proporcionado.

Quais são os efeitos colaterais do uso do TENS?

Apesar de ser considerada uma técnica segura e bem tolerada, a aplicação da TENS pode ocasionar alguns efeitos colaterais, geralmente leves e de curta duração.

Entre os mais comuns estão irritações cutâneas no local dos eletrodos, como vermelhidão, coceira ou sensação de ardência. Em alguns casos, o uso prolongado ou inadequado pode causar desconforto muscular ou aumento temporário da dor.

Esses efeitos costumam ser facilmente controlados com ajustes na intensidade do estímulo, reposicionamento dos eletrodos ou suspensão temporária do uso. Estar atento a essas reações permite que a terapia seja utilizada com mais segurança e eficiência.

Sensação desconfortável

Embora a TENS seja desenvolvida para proporcionar alívio sem causar dor, algumas pessoas podem sentir desconforto ou incômodo durante a aplicação. 

A percepção da corrente elétrica varia de acordo com a sensibilidade individual, e, em certos casos, a sensação pode ser interpretada como desagradável. 

Para minimizar esse efeito, é recomendável iniciar com intensidades mais baixas e sessões de curta duração, ajustando gradualmente conforme a tolerância do paciente.

Irritação da pele

A irritação da pele é um dos efeitos colaterais mais frequentes associados ao uso da TENS, manifestando-se como vermelhidão, prurido ou sensação de ardência na área onde os eletrodos são aplicados.

Essas reações geralmente decorrem do uso prolongado ou da sensibilidade ao material adesivo dos eletrodos. Para reduzir esse risco, recomenda-se higienizar a pele antes da aplicação, utilizar eletrodos com adesivo hipoalergênico e alternar os pontos de colocação sempre que possível.

Dores musculares

Em casos pouco frequentes, o uso da TENS pode resultar em dores musculares após a sessão, especialmente quando a intensidade da corrente é ajustada acima do ideal.

Esse efeito ocorre devido à contração muscular excessiva provocada pela estimulação elétrica intensa. Para evitar esse tipo de desconforto, é importante manter os parâmetros em níveis toleráveis e fazer ajustes graduais conforme a resposta do paciente.

Dor ou desconforto agravado

Apesar de sua função analgésica, a TENS pode, em alguns casos, provocar um aumento passageiro da dor ou desconforto após a aplicação.

Essa reação pode estar relacionada ao uso incorreto do equipamento, parâmetros inadequados ou posicionamento equivocado dos eletrodos. Para evitar esse efeito, é essencial seguir as orientações de um profissional qualificado e garantir que a aplicação seja feita de forma adequada e segura.

Efeitos colaterais graves

Os efeitos colaterais graves relacionados ao uso da TENS são extremamente incomuns, especialmente quando a técnica é aplicada corretamente e seguindo as recomendações profissionais.

Ainda assim, é fundamental respeitar as contraindicações conhecidas para evitar possíveis complicações. Situações específicas, como presença de marcapasso, epilepsia ou aplicação sobre áreas com lesões ativas, exigem cautela ou mesmo a exclusão do uso da TENS no plano terapêutico.

Fisioterapia não é só “choquinho”

A TENS, embora seja um recurso eficaz, representa apenas uma fração das inúmeras ferramentas que a fisioterapia oferece.

O êxito de um tratamento fisioterapêutico vai muito além da utilização isolada de uma técnica como a TENS. Ele depende de uma avaliação clínica detalhada, da identificação das necessidades específicas de cada paciente e da criação de um plano terapêutico individualizado.

Esse plano pode incluir uma combinação de diferentes métodos, como exercícios terapêuticos para fortalecimento muscular e técnicas de terapia manual, como mobilizações articulares.

A educação do paciente também é fundamental. Oferecer informações claras sobre sua condição, esclarecer os fatores que contribuem para a dor e orientá-lo quanto a exercícios que podem ser feitos fora da clínica são passos essenciais para garantir a melhoria contínua.

Além disso, a fisioterapia frequentemente adota uma abordagem integrada, trabalhando em colaboração com outros profissionais de saúde para proporcionar um tratamento mais completo e eficaz.

Embora a TENS seja útil em diversos cenários, ela é apenas uma das várias ferramentas que o fisioterapeuta pode utilizar. O verdadeiro sucesso no tratamento vem da aplicação cuidadosa e coordenada de diversos recursos terapêuticos, adaptados às necessidades individuais de cada paciente.

Perguntas Frequentes: 

Para que serve o choquinho na fisioterapia?

O “choquinho”, ou TENS, é utilizado na fisioterapia para aliviar a dor, reduzir a inflamação e promover o relaxamento muscular, contribuindo para a recuperação funcional do paciente.

TENS serve para aliviar a dor do parto?

Sim, a TENS pode ser usada para aliviar a dor do parto, especialmente nas fases iniciais, oferecendo uma opção não medicamentosa e segura para o controle da dor.

Qual a função do TENS na fisioterapia?

A função do TENS na fisioterapia é modular a dor por meio de estímulos elétricos, promovendo analgesia e ajudando no tratamento de diversas condições dolorosas.

Quais são os 4 tipos de TENS?

Os quatro principais tipos de TENS são:

  1. TENS Convencional (alta frequência, baixa intensidade) – indicado para dores agudas e de início recente.
  2. TENS Acupuntura (baixa frequência, alta intensidade) – usado em dores crônicas e mais profundas.
  3. TENS Breve e Intensa – combina alta frequência e alta intensidade, geralmente usada por curtos períodos para alívio rápido.
  4. TENS Burst (em rajadas) – estimulação em pulsos agrupados, com efeito semelhante ao TENS acupuntura, também indicado para dores crônicas.

O TENS ajuda a desinflamar?

O TENS não atua diretamente na inflamação, mas pode ajudar a reduzir sinais inflamatórios ao aliviar a dor, melhorar a circulação local e permitir maior mobilidade, o que contribui indiretamente no processo de recuperação.

Quantos minutos pode usar o TENS?

O TENS pode ser utilizado por sessões de 20 a 40 minutos, dependendo do objetivo terapêutico e da resposta do paciente, sempre com orientação profissional.

Pode usar TENS todo dia?

Sim, o TENS pode ser usado diariamente, desde que seja acompanhado por um profissional e ajustado conforme a necessidade e tolerância do paciente.

Onde não colocar o TENS?

O TENS não deve ser aplicado sobre:

  • Áreas com pele lesionada ou irritada
  • Próximo aos olhos ou na cabeça
  • Região do pescoço, especialmente nas laterais
  • Tórax anterior em pessoas com marcapasso
  • Abdômen de gestantes (sem orientação específica)
  • Áreas com perda de sensibilidade

Sempre siga a orientação de um fisioterapeuta para garantir a aplicação segura.

O que o TENS libera?

O TENS estimula a liberação de endorfinas e encefalinas, substâncias naturais do corpo com efeito analgésico, além de modular a transmissão dos sinais de dor no sistema nervoso.

Posso colocar TENS na coluna?

Sim, o TENS pode ser aplicado na coluna, especialmente em casos de dor lombar, torácica ou cervical, desde que os eletrodos sejam posicionados corretamente e com orientação profissional.

A TENS pode tonificar os músculos?

Não, a TENS não tem função de tonificar músculos. Ela é voltada para alívio da dor. Para fortalecimento muscular, utiliza-se outro tipo de corrente chamada FES (Estimulação Elétrica Funcional).

O que o TENS faz no músculo?

O TENS pode promover relaxamento muscular ao reduzir a dor e diminuir a tensão local, mas não causa fortalecimento ou tonificação, pois seu foco é analgésico, e não motor.

Conclusão

A TENS é uma ferramenta valiosa dentro da fisioterapia, oferecendo alívio da dor de forma segura, não invasiva e sem o uso de medicamentos. Sua eficácia, baseada em mecanismos fisiológicos como a liberação de endorfinas e o bloqueio da transmissão da dor, permite que seja amplamente utilizada em diversas condições clínicas.

Entretanto, para que os resultados sejam satisfatórios, é essencial que sua aplicação seja individualizada e integrada a um plano de tratamento mais amplo, sempre com a supervisão de um profissional. Embora apresente poucos efeitos colaterais, o uso inadequado pode gerar desconfortos, reforçando a importância da orientação especializada.

Mais do que apenas o conhecido “choquinho”, a TENS representa um recurso terapêutico fundamentado, capaz de contribuir significativamente para a qualidade de vida de quem convive com dor. Com a abordagem correta, esse método pode ser um grande aliado na recuperação funcional e no bem-estar geral do paciente.

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Filipi Padovese

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