A fratura de Colles é uma das lesões mais comuns no punho, e geralmente acontece quando usamos as mãos para nos proteger de uma queda.
Imagine escorregar no chão e instintivamente esticar o braço para amortecer a queda. Esse movimento pode acabar gerando uma fratura no rádio, o maior osso do antebraço, próximo ao punho.
É aí que entra a fisioterapia – um passo essencial na recuperação, ajudando o paciente a recuperar força, mobilidade e a qualidade de vida.
O que é a Fratura de Colles?

A fratura de Colles ocorre no rádio distal, na parte do osso mais próxima do punho. Muitos a chamam de “fratura do punho” de forma simplificada.
Essa lesão pode causar dor intensa, inchaço, deformidade no punho e reduzir a capacidade de movimentar a articulação.
Embora seja mais comum em pessoas idosas devido à fragilidade óssea, qualquer pessoa pode sofrer essa fratura, dependendo da intensidade da queda ou impacto.
Depois que a fratura é tratada pelos médicos, seja com imobilização ou cirurgia, o trabalho de reabilitação começa. E é aqui que a fisioterapia desempenha um papel central.
Qual é o objetivo da Fisioterapia?
O principal papel da fisioterapia¹ é garantir que o punho recupere por completo sua função. Isso envolve tratar a dor, recuperar os movimentos do punho e fortalecer os músculos do braço e antebraço.
A longo prazo, o objetivo da fisioterapia é que você volte a realizar todas as suas atividades diárias normalmente, sem desconforto.
Agora, vamos explorar as principais etapas do tratamento fisioterapêutico para esse tipo de fratura.
Como É Feito o Tratamento de Fisioterapia?
A reabilitação em casos de fraturas de Colles segue um passo a passo bem estruturado, mas sempre adaptado às necessidades de cada paciente.
- Controle da Dor e Redução do Inchaço
Nos primeiros dias de fisioterapia, o foco é aliviar o incômodo e desinchar a área. Técnicas como a aplicação de gelo, elevação do braço e o uso de aparelhos específicos podem ajudar nisso. Isso cria uma base importante para avançar para as próximas etapas. - Recuperação da Mobilidade
Com o quadro de dor mais controlado, o profissional trabalha na recuperação dos movimentos do punho, dedos e antebraço. Esse processo inclui exercícios de alongamento e mobilização suave, sempre feitos de forma gradativa. No início, pode ser desafiador, mas é uma etapa essencial para devolver a funcionalidade da articulação. - Fortalecimento Muscular
Após restabelecer a amplitude de movimento, chega a fase de fortalecer os músculos. Aqui, o fisioterapeuta introduz exercícios que reforçam o punho, a mão e até o ombro, pois todos esses músculos trabalham juntos no dia a dia. Pesos leves, elásticos de resistência e outros acessórios são usados conforme o progresso. - Retorno às Atividades Diárias
A última etapa é adaptar o punho para suportar movimentos e esforços comuns do dia a dia. Seja movimentar as mãos no teclado, carregar sacolas de compras ou praticar esportes, a fisioterapia prepara o corpo para cada desafio. Testes funcionais podem ser realizados para garantir que você se sinta confiante antes de retomar sua rotina por completo.
Por que seguir as orientações do Fisioterapeuta é tão Importante?

A constância no tratamento é o que garante uma recuperação plena. Cada exercício, técnica e recomendação do fisioterapeuta é cuidadosamente planejado para prevenir complicações, como rigidez articular ou perda de força.
Fora isso, saltar etapas ou realizar movimentos de forma errada pode prejudicar a recuperação e até causar outros problemas.
Por isso, confie no planejamento do profissional, siga as instruções e mantenha o compromisso com as sessões. E lembre-se de sempre comunicar qualquer dor ou desconforto para que o fisioterapeuta possa ajustar o tratamento.
Conclusão
A fratura de Colles pode ser um obstáculo desconfortável, mas com dedicação e a orientação certa, o retorno ao bem-estar é totalmente possível.
A fisioterapia é o caminho que permite recuperar a funcionalidade do punho e retomar atividades do dia a dia com confiança.
Se você ou alguém que conhece está lidando com essa lesão, lembre-se de que cada passo do tratamento é essencial. Com paciência e um bom acompanhamento, a vida volta ao normal – e até com mais força!